A natureza do servico prestado pelas universidades
Estou convicto de que nenhum sistema funcionara nas universidades publicas sem uma clarificac?o do seu financiamento, sem uma medida do valor das suas actividades.
Um sistema em que os alunos n?o pagam o que recebem, n?o sabendo sequer o seu custo, e em que n?o s?o penalizados por n?o utilizar devidamente os bens que lhes est?o a ser facultados pelos contribuintes, n?o contribui para a clarificac?o dos direitos e obrigac?es de cada interveniente no processo.
Um sistema em que as escolas n?o precisam de se preocupar com a sua produtividade, em que as suas receitas n?o est?o associadas ao numero de alunos que as procura, n?o permite um servico publico de qualidade.
No entanto, o facto de o ensino ser gratuito ou ter um preco meramente simbolico n?o impede, antes obriga, a que aqueles que tem a oportunidade de frequentar as universidades publicas tenham de utilizar do melhor modo possivel os recursos de que podem usufruir, para justificar o merecimento dessa oportunidade.
Frequentar uma universidade publica deve ser visto como um contrato entre tres partes, o Estado, que gere os recursos que os contribuintes colocam a sua disposic?o, cada aluno, que recebe uma fracc?o desses recursos em beneficio da sua formac?o, e a escola, que vai utiliza-los para os fins contratados.
Se assim for, todas as partes poder?o exigir o seu cumprimento e qualquer das partes pode rescindir esse contrato por incumprimento por uma das outras.
O Estado deveria poder rescindir o contrato com as Escolas que n?o cumprem com os objectivos fixados e estas com todos os alunos que repetidamente n?o cumprem os objectivos que assumiram.
A estes, n?o restaria sen?o a alternativa de pagar o preco dos servicos de que usufruem.
Posted by frestivo
at 10:34 PM GMT